vi na superfície
o corpo
refratado.
cores
refletidas,
uma poça de óleo sob
o sol.
Nas profundezas dormem
um silêncio e uma escuridão
desconhecidas.
ali habita, motivo de
chacota, respeito, silêncio e
um confuso desejo,
um ancião caduco
quimera.
Conforme se aproximam as gentes
grita e ri, urina e arremessa
fezes mas
os realmente atormentados, que
insistem apesar do mal que lhe faz
chegam a ouvir sua voz
gaguejante e gutural
entrecortada por tiques e risadas.
E uma pergunta sua
basta e é capaz
de pôr-lhes rindo, gargalhando
dias sem descanso, chorando em
prantos ou mesmo de fazer com que
tomem a adaga, ali disposta
a esse fim e derramem,
cortando o ventre próprio,
suas vísceras em libação
ao eu desconhecido.
Um comentário:
O poeta/ prosista ou prosista/ poeta esta de férias, sem queixa nenhuma para fazer ou demasiadamente ocupado com a academia? Para de escrever prosa não! A falta de prática endurece os dedos, deixa os pesados, restando tempo para desistir de escrever entre uma palavra e outra.
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