falta de inteligência emocional
ou antes uma certa indisposição em
compactuar, mais do que o
estritamente necessário,
entregando a vida inteira
para ser domada dissolvida esgotada
à máquina que mata
escraviza e cospe ossos e
cinzas e pilhas enormes
de corpos orgânicos inorganicamente
amontoando-se pelos cantos
em toda parte cidades
subúrbios mares
e morros todos
cemitérios - vidas gastas des-
gastadas e consumidas pelo
triturador de ossos moloch
mOlOcH MOLOCK!
falta inteligência emocional ou
antes
hesita encontrar
um emprego estável e uma
boa mulher de respeito e ir
morar com as crianças alegres
em apartamentos decorados
com paredes em couro de gente
e aparecer sorridente na propaganda
da margarina doriana isso é que
é vida e
não obstante
Um comentário:
Resistir a si, resistir ao outro que penetra você - indiretamente ou proximamente - que boicota, que induz você a auto ignorar se; procurar o sólido vendido facilmente, mas nunca encontrado na quantidade satisfatória;
Ignorar o ato de crescer, ou amar ser grande - crescer muito (não no sentido do consumo, fetiche, popular, ou de gênio - de modo que poucos entendam seu crescimento, pois ninguém vê. Só você sente e não consegue explicar. Explicar para quê? se o mais importante é você - fora o externo, ignorando se os outros (situação hipotética, mas para gente grande, plausível e bastante factível)- que esta bem; o mais próximo da realidade, mesmo sem justificativa social concreta, é que sua inteligência emocional, ou ausência dela (para os outros), poupa você de ser esqueleto fétido no rool da vida. Crianças felizes, são possivelmente, crianças cujos pais têm inteligência emocional suficiente para perceber que o mundo e felicidade são conceitos totalmente relativos, e quem não entende o relativo que é viver, vive imerso na turbulência que ele pensa que a vida. Pois respirar é para todos, mas compreender que o ar possui comportamento análogo a nossos estereótipos sociais de vida é para gente emocionalmente grande.
Huit.anon.février
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