21.2.19

Huhediblu, de Paul Celan

Pesa-, pesa-, pesa-
do caindo maduro nas
vias e corredores de palavras.

E — sim — 
os poetas de foles e de cortes clandestinas
em guinadas e pausas e cochichos e sibilos,
epistolando.
Maldito, das
tripas das mãos e dos dedos, daí
correm escrituras
de um nome de profeta, como
adscrição, descrição e proscrição, sob
a data do dia do jamais humano em setembro —:

Quando, quandoquando,
Louquando, sim louco, — 
irmão
cegado, irmão
apagado, lês,
lês e tu,
disto aqui, disto
dis-
parates —: quando
floresce, o quando,
o de onde, o aonde e o que
e quem
para si e de e a e em e fora de si vive, o
soar dos eixos, tellus, em sua
pré- clari-
audiência ruidoso
ouvido da alma, o
soar dos eixos profundos
no íntimo da contrição
de nossa morada cercada de estrelas? Pois
ela se move, ainda, nos sentidos da alma.

O toar, ó
o ó-toar, ah,
o A e o Ó,
o ó-estas-forcas-já-de-novo, o ah-floresce,

nos velhos
corredores de mandrakes floresce,
como erva sem mancha que mancha,
como erva auxiliar, palavra auxiliar, palavra-eliminar,
ad-
jetivamente, assim acometem
corporalmente as gentes, sombras,
ouve-se, foi
tudo oposto-
sobremesa festiva, nada mais,—:

Frugal,
contemporâneo e lícito,
Schinderhannes vai trabalhar,
travesso de álibi e socialmente, e
Julinha, Julinha:
roliça de ser, arrota,
arrota solta a guilhotina, —call it (hott!)
love.


Oh quand refleuriront, oh roses, vos septembres?

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