8.6.24

Ponto 5, notas

 

Íntimo e marginal

 

 

            Roberto Piva encostado numa esquina da Lapa, sopra no ouvido de Wally Salomão

            Será que esse poema da Ana C. é pra mim

            O endereço nesse texto é o menos

            O texto é o endereço

            Na tensão na descarga de energia estática (no barato fundamental que a língua dá)

            da palavra

            (no barato fundamental que a língua dá (l.))

 

            No final dos anos oitenta, no fim do terror nuclear

            O terror econômico, o terror da caretice reinante

            Fim de história

 

            Não podia o bigode distante em Domeneck, baxuzíaco

            Aleixo, Ricardos de identidade negada, feita crise de versos

            Angélica F. pega o celular e faz uma busca no google

            Veja bem, Angélica F.

            Isso foi um story?

            (A poesia já pensou essa documentação?

            A musa pop Ana C. só teve um vídeo lendo Samba Canção no qual qualquer pessoa que minimamente teve algum siso tem que se apaixonar

           

           

Os nervos da língua

            O linguado imagético de Ricardo Domeneck

            A volta da imagem, cansada de perambular, deambular pelacidade

            A língua irritada

            O corpo material 

            A animalidade

            (De fato, Florencia Garramuño observa na nova poesia essa sensibilidade corporal, a busca da percepção imediada, em oposição aquilo que se vinha chamando na contemporânea teoria da poesia contemporânea - A teoria da poesia nos diálogos crítico-poéticos[1] - Célia Pedrosa Marcos Siscar – a diferença, a crise a diversidade -  Heleine Fernandes,

           

            A tensão da comunidade da incomunidade

            Individualidade, igualdade, ideologia

            Esse tempo que se considera o contemporâneo é o tempo do indefinido, do impróprio    

            E, na poesia brasileira, também se dá conta de que nessa língua, nesse país ou nessa troca de países (brasil, portugal, (angola, moçambique, guiné-bissau – a música, Mayra Andrade - )

 

À língua de um pé de planta, de um pé de chá

            A poesia da arte indígena contemporânea

            Denilson Baniwa e Ellen Lima dialogando com Mário e Oswald de Andrade

            A volta dos que não foram

 

            O último livro do primeiro livro de poemas de Ana Assis

            Que talvez não precise mais do Carolina,

            Como Ana, que ficou só com o C



[1] (a poesia universitária – Paula Glenadel, Edmilson Pereira de Almeida, Paulo Henriques Britto, Franklin Alves Dassie, Heleine Fernandes, Rafael Zacca)

 

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