[arcos cantos
caramanchões
verdes punções subterrâneas
insensatos aguaceiros
lamaçais
ouço o nome do deus
deus morto
deus vivo
oblongos magnetos
avísceras
pernósticos dialetais
vacâncias anulas]*
1.
o som e o
caramanchões
verdes punções subterrâneas
insensatos aguaceiros
lamaçais
ouço o nome do deus
deus morto
deus vivo
oblongos magnetos
avísceras
pernósticos dialetais
vacâncias anulas]*
1.
o som e o
susto
que a gente leva depois
eu não tava preparado pra isso
o
cântico e a união com os céus
ruído profundo da terra
ouvido nos pés
a cabeça... ?
qual
é o olho que me olha
qual mão conduz o olhar?
de sonho e...
vivo
a madrugada dos sentidos
prolonga-se eterna a
desrazão
um outro desmedido
desmentida
razão
e mais
onda,
brilho, vapor
- uma
palavra selvagem
[cantara o amanhecer
motómono
autômono
sincrômito]
2.
o cheiro intenso
o cheiro intenso
do esgoto
nesse calor as baratas
saem
todas de suas casas
mas
não deixam suas
cascas
pensas em febres
sinto desamores
a
passagem do tempo ilude
quando
muda passa tudo
passo
mudo
.
.
2 comentários:
.
.
eros/lotus lágrima
choro no olho que não te vê
invertido faz tempo
imagem formada
infinitesimal duração
intervalo caótico
estômago é vácuo
silêncio que alimenta
no tempo sem imagem/inversão
silêncio é companhia
já que febre não cabe no vazio
o caos ordena e eu escrevo
.
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